04 julho 2025

Antonio Brás Constante (A Letra Partiu da Mão e Formou o Grão)


A letra partiu da mão e formou o grão. Voou entre rimas, pousando em novas terras a serem descobertas e ali germinou, formando palavras, desabrochando em frases, encantado olhares com sua beleza suave;

O pequeno embrião textual desenvolveu parágrafos profundos, até se transformar em um poema pronto para se mostrar ao mundo. Sob o seio de sua sombra descansaram os sonhadores, que deitados na proteção de seu colo, acalentaram-se em seus versos utópicos, curando eventuais dissabores;

Na beleza projetada por sua linguagem, paixões se incendiaram em centenas de cores. Uma parte desses matizes tomou a forma de amores, enquanto das outras partes sobraram apenas amargas dores;

As suas curvas poéticas encantaram romancistas e trovadores, despertando os próprios talentos sobre a figura escrita que estavam lendo e nelas totalmente se envolvendo.

Do caldo de sua seiva virgem, autores extraíram o bálsamo para a conquista de suas musas adoradas. E no fruto em ti formado, se desenvolveram novas ideias que alimentaram mil escritores;

Restaram suas sementes, leves como a brisa do vento, que enfim voaram pelas memórias de tantos leitores, germinando em novas mentes. Algumas caindo em terreno fecundo, de onde brota toda poesia, pois pousaram com maestria e festa na imaginação louca dos poetas.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 
Antonio Brás Constante é natural de Porto Alegre. Residente em Canoas RS. Bacharel em computação, bancário e cronista de coração, escreve com naturalidade, descontraída e espontaneamente, sobre suas ideias, seus pontos de vista, sobre o panorama que se descortina diferente a cada instante, a nossa frente: a vida. Membro da ACE (Associação Canoense de Escritores).

Fontes: 
Texto enviado pelo autor em 21 de outubro de 2012
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Asas da Poesia * 46 *

Poema de LAIRTON TROVÃO DE ANDRADE Pinhalão/PR Tuas Mãos "Tua mão esquerda está sob minha cabeça, e tua direita abraça-me " (Ct.8....