27 maio 2025

Nery de Mello (O Poste)


Você já reparou aquele poste? Já observou suas utilidades? Caso não tenha feito te convido a não só observa-lo, mas também admira-lo. Sabe porque? Poste de concreto ou madeira, fixado no solo rochoso ou arenoso, não importa, ele está ali. Na esquina, vinte ou trinta metros um após outro, em fila lá está o poste. Poste grande ou pequeno ele é o poste. Ereto; 45 ou 180 graus para a esquerda ou para a direita não importa ele é o poste. Quem diria, ele foi instalado com dois objetivos: sustentar a rede elétrica e proporcionar iluminação pública. Dois objetivos? Estamos enganados! A sua majestade o poste me faz lembrar um velho ditado popular: “Fazer o bem sem olhar a quem”. E é verdade. Raciocine comigo.

Além de iluminar nossos passos na penumbra da noite, o poste mantém as linhas de energia esticadas para diversas direções. Os benefícios não são somente humanos, valem também para aves que aproveitam a estrutura para a construção de seus ninhos que vai de pequenos galhos e plumas até a sofisticação da casa de barro.

Imagine também que o poste tem um cheiro medicinal. Já reparou esta “qualidade”? Serve como alívio para a bexiga dos cães. Eles se aproximam…Dão uma cheirada…E fazem xixi. Recomendações não valem para os humanos. Mas se estiver apertado, fazer o que!

Faça chuva ou faça sol o poste está ali cumprindo seu ofício.

Contraria a lei da gravidade quando serve de refúgio para o desesperado felino que perseguido vê no poste o melhor amigo. Ufa!

Boêmios também reconhecem a qualidade do poste que por diversas vezes foram “socorridos” pelos tais. O benfeitor é até alvo de piada. Um desavisado caminhava pela calçada quando colidiu contra o poste e completou dizendo: “Meia noite não é hora de poste andar na rua”!

O poste é fonte de inspiração. Um jovem subiu até o topo do poste e lá colou um bilhete. Uma segunda pessoa foi tomada pela curiosidade e depois de alguns esforços chegou até lá para conferir a mensagem que dizia: “Fim de poste”!

Mas, tem mais. Recentemente testemunhei um fato envolvendo um veículo e um poste onde naquela situação inesperada o motorista engatou a marcha á ré e chocou-se com um poste. De quem é a culpa? Do poste! Disparou o condutor. Coitado do poste indefeso.

E saber que num passado bem recente ele andou ameaçado pelo apagão. Se a moda pegasse seria o fim dos dias do poste. Ou não.
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NERY DE MELO nasceu em Francisco Beltrão/PR, em 1970. Iniciou sua carreira na Rádio Cristal de Marmeleiro, em 1986 e trabalhou nas seguintes emissoras de rádio: São João, em São João/PR; Entre Rios, de Santo Antônio do Sudoeste; Princesa AM e FM de Francisco Beltrão/PR; Continental FM e Educadora AM de Francisco Beltrão/PR; Celinauta e TV Sudoeste e Rede Celinauta de Educação de Pato Branco/PR. É apresentador do programa. Plantão Parangolé. pela TV Sudoeste, desde 1996, de segunda a sexta feira. Membro da Academia Palmense de Letras e 1º Orador do Centro de Letras de Francisco Beltrão. Membro da Academia de Letras e Artes de Pato Branco (cadeira n.9). Colunista do Jornal de Beltrão; das Revistas Gente do Sul e Air Press, Revista de Paraquedismo com sede em São Paulo e circulação na América Latina. Cursou jornalismo na Faculdade de Pato Branco/PR.

Fontes:
Academia de Letras e Artes de Pato Branco. http://www.alap.org.br/
Imagem = http://www.opatifundio.com/

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